quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

UDV - Campeão Nacional de Corta Mato Juvenis Femininos - 2006/2007


Quilometro Jovem Nacional 2007

Quilometro Jovem Nacional 2007

O União Desportiva de Várzea sagrou-se Vice Campeão Nacional graças às brilhantes prestações de:

Infantis Femininos – Catarina Pereira
Infantis Masculinos – Nuno Mendes
Iniciados Femininos – Marisa Ferreira
Iniciados Masculinos – José Pinto
Juvenis Femininos – Daniela Cunha
Juvenis Masculinos – David Cunha

Campeonato Nacional de Pista de Juniores- 7 e 8 de Julho 2007

Campeonato Nacional de Pista de Juniores
Viseu, 7 e 8 de Julho



(Sábado 7)

1500 Metros

Daniela Cunha – Campeã Nacional, com o tempo de 4.36.00

(Domingo 8)

800 Metros

Daniela Cunha – Vice Campeã Nacional, com o tempo de 2.13.42 (Conquistou Record Pessoal)

Cátia Dias – 6ª Classificada, com o tempo de 2.22.05

Brilhante Prestação de ambas as atletas que apesar de serem apenas Juvenis, competiram num escalão acima do seu (Juniores).
Daniela Cunha, apesar de competir em desvantagem em termos de escalão, não deixou os seus créditos por mãos alheias, sagrando-se Campeã e Vice – Campeã em 1500 e 800 metros (respectivamente). Obtendo em apenas três semanas, dois títulos de Campeã Nacional de Pista 1500 metros (em Juniores e Juvenis) e Vice Campeã Nacional de Pista 800 metros (em Juniores e Juvenis).

Campeonato Nacional de Pista de Juvenis - 23 e 24 de Junho 2007

Campeonato Nacional de Pista de Juvenis
Pista da Cidade Desportiva de Abrantes
23 e 24 de Junho de 2007



Sábado (23)

1500 metros femininos
Daniela Cunha – Campeã Nacional, com o tempo de 4.36.32
Marisa Ferreira – 3ª Classificada, com o tempo de 4.48.08
Eugénia Peixoto – 6ª Classificada, com o tempo de 4.58.54
Catarina Lima – 10ª Classificada, com o tempo de 5.03.31

1500 metros masculinos
Rui Pinto – 10º Classificado, com o tempo de 4.21.04


Domingo (24)

3000 metros femininos
Liliana Sousa – 4ª Classificada, com o tempo de 10.54.10

800 metros femininos
Daniela Cunha – Vice Campeã, com o tempo de 2.16.06
Marisa Ferreira – 4ª Classificada, com o tempo de 2.19.70
Cátia Dias – 6ª Classificada, com o tempo de 2.21.63
Catarina Lima – 8ª Classificada, com o tempo de 2.24.56

Além da brilhante prestação de Daniela Cunha, que se sagrou Campeã e Vice Campeã Nacional em 1500 e 800 metros, é de salientar as excelentes prestações de Marisa Ferreira, Eugénia Peixoto e Rui Pinto, que competiram neste Campeonato, apesar de serem apenas Iniciados, tendo no entanto, obtido um desempenho notável.

Campeonato Regional de Pista de Juvenis - 2 e 3 de Junho 2007

Campeonato Regional de Pista de Juvenis*
Estádio Vieira de Carvalho – Maia
2 e 3 de Junho


Sábado, 2 de Junho

2000 Metros Obstáculos Femininos
Cátia Dias – Vice Campeã Regional, com o tempo de 8.13.33

1500 Metros Masculinos
Rui Pinto – Vice Campeão Regional, com o tempo de 4.12.55


Melhor Marca do Ano de Iniciados:
David Cunha – 7º Classificado, com o tempo de 4.38.79
José Pinto – 10º Classificado, com o tempo de 4.47.60

1500 Metros Femininos
Eugénia Peixoto – Campeã Nacional, com o tempo de 4.59.44
Liliana Ferreira – Vice Campeã Regional, com o tempo de 5.04.35

300 Metros Femininos
Catarina Lima – 4ª Classificada, com o tempo de 45.42
Idalina Magalhães – 5ª Classificada, com o tempo de 47.82
Adriana Leite – 7ª Classificada, com o tempo de 48.42


Domingo, 3 de Junho


3000 Metros Femininos
Marisa Ferreira – 3ª Classificada

800 Metros Femininos
Daniela Cunha – Vice Campeã Regional, com o tempo de 2.19.47
Marisa Ferreira – 3ª Classificada, com o tempo de 2.20.80
Cátia Dias – 6ª Classificada, com o tempo de 2.22.16
Catarina Lima – 7ª Classificada, com o tempo de 2.24.81
Eugénia Peixoto – 8ª Classificada, com o tempo de 2.28.51
Adriana Leite – 9ª Classificada, com o tempo de 2.38.79

800 Metros Masculinos
Rui Pinto – 3º Classificado, com o tempo de 2.05.32
David Cunha – 6º Classificado, com o tempo de 2.15.00
José Pinto – 13º Classificado, com o tempo de 2.16.56

* De salientar que Marisa Ferreira; Eugénia Peixoto; Adriana Leite; Rui Pinto e José Pinto, são iniciados, tendo no entanto competido no escalão de Juvenis, apesar de todas as dificuldades, conseguiram alcançar excelentes classificações.

Campeonato Regional e Campeonato Zona Norte de Pista de Juniores

Campeonato Regional e Campeonato Zona Norte
de Pista de Juniores - Povoa do Varzim
16 e 17 de Junho


(Sábado 16)

1500 Metros Masculinos
André Viana – 4º Classificado, com o tempo de 4.29.65
David Cunha – 8º Classificado, com o tempo de 4.42.75
Pedro Bessa – 9º Classificado, com o tempo de 4.44.59


1500 Metros Femininos
Catarina Lima – Campeã Regional, com o tempo de 4.55.66
Cátia Dias – 3ª Classificada, com o tempo de 5.03.69
Rosa Soares – 7ª Classificada, com o tempo de 5.13.95
Idalina Magalhães – 10ª Classificada, com o tempo de 6.07.89

(Domingo 17)

3000 Metros Femininos
Liliana Ferreira – Campeã Regional
Cristina Cunha – Vice Campeã Regional

3000 Metros Masculinos
David Cunha – 3º Classificado


800 Metros Masculinos – 2ª Série
André Viana – 2º Classificado, com o tempo de 2.05.10


800 Metros Femininos
Daniela Cunha – Campeã Regional e Campeã Zona Norte, com o tempo de 2.18.22
Cátia Dias – Vice Campeã Regional e Campeã Zona Norte, com o tempo de 2.25.82
Catarina Lima – 3ª Classificada, com o tempo de 2.28.40

Campeonato Nacional de Corta Mato - 17 de Março 2007

Campeonato Nacional de Corta Mato
Sintra, 17 de Março de 2007





Juvenis Femininos – 3000 metros

Daniela Cunha – Campeã Nacional – com o tempo de 10.32
Liliana Sousa – 4ª Classificada – com o tempo de 11.11
Sónia Lima – 7ª Classificada – com o tempo de 11.47
Cátia Dias – 10ª Classificada – com o tempo de 11.56
Idalina Magalhães – 27ª Classificada – com o tempo de 12.45

União Desportiva de Várzea – Campeão Nacional de Corta Mato, com 22 Pontos.


Seniores Masculinos – 4000 metros

Eugénio Moreira – 50º Classificado
Ricardo Dias – 63º Classificado
António Costa – 96º Classificado
Agostinho Henriques – 121º Classificado
André Viana – 126º Classificado

14º Classificado por Equipas*

De salientar que neste escalão o União Desportiva de Várzea se encontrava desfalcado de alguns dos seus melhores atletas, devido a problemas físicos

Campeonato Zona Norte de Corta Mato - 13 de Janeiro 2007

Campeonato Zona Norte de Corta Mato
24 de Fevereiro – Parque da Cidade do Porto

Infantis Femininos
Catarina Pereira – 6ª Classificada
Suéli Gomes – 8ª Classificada
Diana Dias – 14ª Classificada
Joana Teixeira – 26ª Classificada
1º Lugar por equipas com 54 pontos (pelo 4º ano consecutivo)

Infantis Masculinos
Nuno Mendes – 3º Classificado

Iniciados Femininos
Marisa Ferreira – 2ª Classificada
Eugénia Peixoto – 3ª Classificada
Adriana Leite – 9ª Classificada
Tânia Nunes – 17ª Classificada
1º Lugar por equipas com 31 pontos (pelo 4º ano consecutivo)

Iniciados Masculinos
Rui Pinto – 1º Classificado
Rui Pereira – 13º Classificado
José Pinto – 21º Classificado

Juvenis Femininos
Daniela Cunha – 1ª Classificada
Liliana Ferreira – 4ª Classificada
Catarina Lima – 8ª Classificada
Cátia Dias – 9ª Classificada
1º Lugar por equipas com 22 pontos (pelo 2º ano consecutivo)

Juniores Femininos
Rosa Soares – 3ª Classificada
Cristina Cunha – 14ª Classificada

Juniores Masculinos
André Viana – 12º Classificado
Pedro Bessa – 20º Classificado
Luís Martins – 24º Classificado

Seniores Femininos
Filipa Dias – 11ª Classificada

Seniores Masculinos
Eugénio Moreira – 6º Classificado
Agostinho Teixeira – 9º Classificado
António Costa – 16º Classificado
Agostinho Henriques – 29º Classificado
2º Lugar por equipas com 50 pontos

Campeonato Regional de Corta Mato - 13 de Janeiro 2007

Campeonato Regional de Corta Mato
13 de Janeiro – Parque da Cidade de Paredes

Infantis Femininos
Catarina Pereira – 1ª Classificada – Campeã Regional
Suéli Gomes – 2ª Classificada – Vice Campeã Regional
Diana Dias – 10ª Classificada
1º Lugar por equipas – Campeãs Regionais, pelo quarto ano consecutivo.

Infantis Masculinos
Nuno Mendes – 1º Classificado – Campeão Regional

Iniciados Femininos
Marisa Ferreira – 4ª Classificada
Eugénia Peixoto – 7ª Classificada
Adriana Leite – 8ª Classificada
Tânia Nunes – 13ª Classificada
2º Lugar por equipas – Vice Campeãs Regionais

Iniciados Masculinos
Rui Pinto – 3º Classificado
Rui Mendes – 15º Classificado

Juvenis Femininos
Daniela Cunha – 1ª Classificada – Campeã Regional
Liliana Ferreira – 2ª Classificada – Vice Campeã Regional
Cátia Dias – 5ª Classificada
Catarina Lima – 9ª Classificada
1º Lugar por equipas – Campeãs Regionais, pelo segundo ano consecutivo.

Juniores Masculinos
André Viana – 7º Classificado
Luís Martins – 15º Classificado
Pedro Bessa – 17º Classificado

Seniores Masculinos
Eugénio Moreira – 10º Classificado
António Silva – 12º Classificado
Agostinho Teixeira – 13º Classificado
Ricardo Dias – 15º Classificado
Agostinho Henriques – 25º Classificado
2º Lugar por equipas – Vice Campeões Regionais

Seniores Femininos
Filipa Dias – 9ª Classificada

Veteranos (mais de 50 anos)
José Araújo – 2º Classificado – Vice Campeão Regional

Corpos Gerentes 2007/2008

Assembleia – Geral

Presidente: Abílio Barbosa
Vice – Presidente: Maria Alice Leite
Secretário: Mª Carolina Alves da Costa


Direcção

Presidente: Joaquim Ferreira Machado
1º Vice – Presidente: Manuel Mendes
2º “ “ : José Oliveira Duarte
3º “ “ : João Alcino
4º “ “ : Fernando Lopes
Secretário : Liliana Duarte
Tesoureiro : António Vieira Teixeira
1º Vogal : Carlos Leite
2º “ : António Costa
3º “ : Adão Moreira
4º “ : Filipa Dias
5º “ : Fernando Valente
6º “ : Ricardo Dias
7º “ : Paulo Ribeiro

Conselho – Fiscal

Presidente: Dr. António Moura Guedes
Vice - Presidente: António Duarte
Secretário: Joaquim Teixeira Faria

Historial UDV

O União Desportiva de Várzea, teve o seu inicio, quando em Abril de 1977, numa prova de atletismo realizada pelos sindicatos locais, no mercado municipal, alguém se apercebeu de que em Várzea existiam valores que, a serem aproveitados, poderiam, um dia vir a ser alguém no atletismo português. Foi então que a direcção do Várzea Futebol Clube se propôs, na altura, criar uma secção de atletismo.
Começou a equipa a competir a nível concelhio, uma vez que existiam mais clubes no concelho a praticar a modalidade. O Várzea, o Forca e o Torrados, chegam a realizar um encontro triangular de atletismo. Mas a partir daí, os clubes foram desaparecendo, até que em 1980, quase só existia o Várzea, que em 1978 se tinha desligado da secção de futebol criando assim o seu próprio clube – o “União Desportiva de Várzea”.
Esta separação dá-se devido à não concordância, por parte da secção de atletismo, da política desportiva seguida então pela direcção do Várzea Futebol Clube que, na opinião deste, favorecia mais a secção de futebol, discriminando, assim, a secção de atletismo.
O Clube foi inicialmente gerido por uma Comissão Instaladora, encabeçada pelo Sr. António José de Freitas Moura Guedes, que tudo fez para que o clube não acabasse.
Em Novembro de 1980, a Comissão Instaladora consegue formar uma direcção, que foi presidida pelo Sr. Fernando Teixeira de Carvalho, direcção essa que duraria até Dezembro, por demissão do presidente, devido a desentendimentos no seio da direcção.
Em Janeiro do ano seguinte, forma-se uma nova direcção presidida pelo Sr. António Almeida de Carvalho, que cumpre o seu mandato de um ano, até ao fim.
Segue-se em 1981 nova direcção e daí em diante, apesar de todas as dificuldades não mais parou.
No campo desportivo o União Desportiva de Várzea, começou por participar nas provas de “fim-de-semana”, que se disputavam nas localidades mais próximas. Mas a participação nas provas populares de estrada não era o objectivo que o União Desportiva de Várzea se propunha alcançar. Esse objectivo seria alcançado na época de 1982/83, passados que eram três meses da sua filiação, com a conquista do Campeonato Nacional de Corta-Mato, na categoria de Juvenis Femininos. Era essa a pedra de toque que o União Desportiva de Várzea procurava e desde então tem sido um acumular de êxitos…

O União Desportiva de Várzea, visando o alargamento da acção de intervenção, criou uma secção de ginástica aeróbica, tendo a mesma cessado em virtude de o União Desportiva de Várzea ter sido despejado das antigas instalações e se encontrar actualmente sem qualquer tipo de instalações.

O União Desportiva de Várzea, tem neste momento cerca de 40 atletas federados nos diversos escalões orientados por dois técnicos, um médico e um massagista.

União Desportiva de Várzea vive grandes dificuldades mas continua a formar verdadeiros campeões no atletismo
UM VIVEIRO DE ATLETAS CAMPEÕES SEM TECTO E SEM APOIOS
» Não têm sede, não têm pista, não têm apoios, mas têm muito talento. É assim o dia a dia da União Desportiva de Várzea e dos seus dirigentes, treinadores e atletas. As cerca de quatro dezenas de “corredores” da União Desportiva de Várzea, oriundos de várias freguesias do concelho, têm somado títulos e mais títulos, alguns dos quais nacionais, para a colectividade amadora de Felgueiras que atravessa grandes dificuldades devido à falta de condições de trabalho e de apoios. “Pode dizer-se que em certa medida é um milagre”, diz o presidente Joaquim Machado, com um certo orgulho nos cam-peões mas triste por constatar que a “vida não está fácil para o clube”. Presidente da direcção da União Desportiva de Várzea desde Setembro do ano passado mas ligado ao clube desde a sua fundação, no ano de 1981, Joa-quim Machado lamenta que a colectividade não tenha sede, nem proporcione condições de trabalho aos dirigentes, treina-dores e atletas. A sede que a colectividade possuía estava instalada no rés-do-chão da sede da Junta de Freguesia mas no verão passado o espaço foi cedido ao Centro de Saúde para albergar a Extensão de Saúde de Várzea. “Ficamos tristes mas percebemos que era necessário sair porque a população não iria entender se batêssemos o pé para não sair quando aquele espaço se destinava a um serviço que é muito necessário para a popula-ção”, frisa Joaquim Machado. O problema é que “a documentação anda espalhada e as taças e troféus estão guardados na casa paroquial cedida pelo pároco mas só até ao restauro da casa”. São centenas de Taças e Troféus que ao longo dos anos a União Desportiva foi coleccionando. É o clube do concelho com mais títulos nacionais e certamente com o mais rico espólio. Tudo guardado num espaço cedido por emprés-timo mas que merecia melhor sorte.» UMA DOR DE CABEÇA A falta de uma sede própria é a grande dor de cabeça de Joaquim Machado e seus pares directivos. “Já vimos um terreno e há a possibilidade de construir uma sede com apoios claro. Se o proprietário o ceder e se alguém nos ajudar com material, certa-mente conseguiremos a mão de obra nem que seja de atletas que percebem da arte e a sede poderá ser realidade”, adiantou o presi-dente. Mas das ideias à sua concretização vai um longo passo até porque o clube vive com difi-culdades agora acrescidas desde que o subsídio anual foi retirado pela Câmara.» 7500 EUROSFORAM AO AR“As anteriores direcções rece-biam 7500 euros da Câmara o que era uma grande ajuda para fazer face às despesas. Quando assumi a presidência contava com esse apoio mas foi retirado. É uma pena”, lamenta. As despesas fixas da colectividade rondam os 1000 euros mensais. Os dirigentes fazem das tripas coração para angariar esse dinheiro. » VIVE COM PARCOS APOIOSA União Desportiva de Várzea vive das cotas dos sócios, de pequenos apoios e da carolice, arte e engenho dos dirigentes. “Temos uma viatura com 20 anos que nos faz muito jeito porque sem ela era difícil manter o clube. Mas tem 20 anos. Somos con-vidados a participar em provas longe de Felgueiras e temos de recorrer a outras viaturas nomeadamente de dirigentes porque se assim não fosse não poderíamos levar os atletas”, lembra Joaquim Machado. Ao longo da época, o clube é convidado para muitas compe-tições muitas no estrangeiro onde gostaria de marcar presença mas a falta de dinheiro e de condições não o permitem. Mas mesmo as-sim, nas muitas provas em que compete, o Várzea não deixa os seus créditos por mãos alheias. Os títulos somam-se ano após ano e a Associação de Atletismo do Porto tem no clube de Felgueiras o seu maior forne-cedor de títulos. Desde 1981 muitos foram os atletas que pas-saram pelo Várzea. Um pela competição pura e simples, outros porque gostam de atletismo, outros ainda porque queriam singrar. E conseguiram mas noutros clubes porque o Várzea não lhes oferece condições de futuro. “Somos um clube de formação e não podemos com-petir com outros que oferecem salários a atletas. Eles acabam por sair porque aqui não têm as mesmas condições que vão ter noutros clubes como o Maratona, o Braga ou o Sporting”. Embrulhado num mar de incer-tezas e de problemas, o pre-sidente da União Desportiva de Várzea, Joaquim Machado, re-corda que o atletismo é “o parente pobre” do desporto em Fel-gueiras mas, na sua opinião, isso é uma injustiça. “Temos títulos nacionais, temos grandes atletas, formamos gran-des atletas, temos história, mas não temos apoios. Imagine-se a União Desportiva de Várzea com apoios?”.


« In Semanário de Felgueiras»

União Desportiva de Várzea

Nos nossos dias, os clubes debatem-se todos com os mesmos problemas. Financiamento escasso e poucos recursos humanos constituem a base da dificuldade. Contudo o associativismo continua a ser o sustentáculo de todo o edifício desportivo português. Não fossem os Clubes e Associações de Clubes e não haveria Desporto em Portugal. Essa é que é essa! Vou dedicar a crónica de hoje à modalidade e ao clube do meu coração: “União Desportiva de Várzea”, embora, seja bastante suspeita para falar a respeito deste tema, uma vez que, fui atleta deste clube durante alguns anos até que um dia o ciclo se fechou. Fiquei certamente mais rica com todos os ensinamentos recolhidos dessa vida colectiva, de riqueza tamanha. No entanto, o “bichinho” pelo atletismo e pelo associativismo, esse permaneceu no meu íntimo. Hoje integro um cargo na direcção, da associação em que em tempos fui atleta a qual tem vindo a passar pelas gerações da minha família e me enche de orgulho! O União Desportiva de Várzea, como se sabe, dedica-se à prática da modalidade de atletismo e é indiscutivelmente um verdadeiro resistente! Conta já com uma existência de 30 anos. Ao longo dos quais, apesar da constante falta de condições nomeadamente o facto de nunca ter possuído sede própria e de se ter visto obrigado a abandonar as instalações do espaço que havia sido cedido pela junta de freguesia (no seu edifício) em virtude do alargamento do posto médico, aliado ao facto de se sentir desde sempre a falta de um espaço condigno, para que os atletas possam proceder à prática da modalidade, falo da criação de uma pista a fim de possibilitar aos seus atletas uma manutenção em plena segurança bem como a prática de disciplinas mais técnicas. Acontece porém que, a referida pista vem sendo prometida, estando inclusivamente projectada há cerca de vinte anos. Contudo, actualmente a criação da pista, nos moldes em que fora delineada inicialmente passou ao esquecimento, estando no entanto prevista a criação de 3 corredores de pista, (que a concretizar-se já seria excelente). Anseio portanto que se concretize a construção destes 3 corredores de pista e que este “corte” de 8 corredores (número habitual de corredores de uma pista propriamente dita) para 3 corredores, não venha mais tarde a culminar numa maior redução do número de corredores e que não acabe por se tornar num prenuncio de morte anunciada, num belo sonho tão almejado que acabou por nunca sair de um papel. O União Desportiva de Várzea, não tem obtido a atenção que merece. Apesar de todas as adversidades que esta colectividade vem pisando, sendo esta unicamente vocacionada para o desporto amador e não tendo quaisquer fontes de receitas, a não ser a generosidade dos seus associados ( que se tem vindo a tornar manifestamente insuficiente para fazer face a todas as despesas), tem no entanto, dado ao longo de toda a sua existência imensas alegrias ao concelho, pelo que deveria ser digna de maior estima, respeito e consideração por parte de todos, merecendo sem dúvida o apoio desinteressado de todos nós. Quem nunca ouviu falar de nomes (entre muitos outros) como: Leonor Costa, Carla Machado, ou Helena Sampaio? Atletas estas, que deram importantíssimos passos para o engrandecimento desta colectividade, nomeadamente pelas diversas participações em Campeonatos Nacionais, Europeus e Mundiais. Além disto, o União Desportiva de Várzea é titular de oito títulos a nível nacional (Corta Mato) na categoria Juvenis Femininos, o mais recente, conquistado no passado Sábado em Sintra (pelo segundo ano consecutivo), além da brilhante prestação colectiva, Daniela Cunha sagrou-se também Campeã Nacional, factos que deveriam ser motivo de alegria e orgulho para todos os felgueierenses! Peço portanto, às entidades competentes, um maior respeito por esta modalidade e por este clube, que apesar dos inúmeros títulos alcançados vem sendo frequentemente esquecido, bem como a adopção das medidas necessárias para que se possa proceder com a maior brevidade possível, à criação de condições condignas para a boa prática da modalidade, para que o União Desportiva de Várzea possa seguir o Caminho do Progresso e do Desenvolvimento…